Histórico
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TALHO ABERTO

Essa técnica permitia aos mineradores aproveitarem os depósitos auríferos situados nas partes elevadas, que atingiam misturados a areia, seixos e terra cerca de 1,50 a 2,50m de espessura. Acima da lavra trabalhada, a água era captada, desviada e, não raro, armazenada em tanques. Os mineradores aproveitavam a diferença de nível, faziam um rego num ponto específico do depósito e despejavam a corrente de água que arrastava a lama aurífera.

A lama era recebida num canal mais largo, de pequena inclinação, espécie de corredor que apresentava uma sucessão de barragens (canoas). Comum era o uso de tecidos ou couros entre as barragens para reter as partes mais pesadas arrastadas pelas lamas. As lamas eram depositadas até se considerar o suficiente para que os escravos, escalonados ao longo do corredor, revolvessem o depósito sob uma corrente de água. As matérias leves eram arrastadas barragem por barragem, até a última, enquanto o ouro permanecia em meio às matérias pesadas. As lamas concentradas eram recolhidas nos carumbés ,caixas de madeira e levadas ao tanque de lavação para serem apuradas.

Na parte inferior também dos trabalhos era comum a construção de mundéus, grandes reservatórios retangulares e semicirculares, nos quais a lama carregada descia pelo canal e era escoada para dentro de um ou mais mundéus e permanecia em estado de decantação. Quando cheio suprimia-se a comunicação com o canal para proceder a concentração das areias depositadas, feita no pé de cada reservatório, diante da fenda vertical, onde o material rejeitado era lançado morro abaixo e o escolhido levado aos tanques de lavação

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