Histórico
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Introdução

O grupo de história composto pelos historiadores Luiz Alberto Sales Vieira, Kleverson Teodoro Lima é coordenado por Myriam Bahia Lopes, o grupo realizou o levantamento da bibliografia e das fontes textuais e iconográficas sobre o Morro da Queimada tendo produzido vários textos que serão futuramente publicados em um livro sobre o processo de produção do Parque Arqueológico do Morro da Queimada. Entre os temas abordados nos textos listamos: historiografia da sedição de 1720, toponímia do morro e da serra de Ouro Preto, técnicas de mineração nos séculos XVIII e XiX na serra de Ouro Preto e história da ocupação do morro da Queimada.

Morrro da Queimada

O Morro da Queimada é um sítio arqueológico localizado no serra de Ouro Preto que abriga vestígios de residências e serviços de mineração dos séculos 18 e 19 e foi um dos principais palcos da Sedição de 1720 conhecida como Revolta de Felipe dos Santos. Dele se obtêm uma bela vista panorâmica do centro histórico de Ouro Preto e do Pico Itacolomi, marco que orientou os primeiros bandeirantes e que individualiza a paisagem local.

O Morro da Queimada constituiu-se na primeira década do século 18. Com o uso da técnica de extração a talho aberto a primeira geração de mineradores amplia a área explorada que se desloca dos leitos dos rios para as áreas mais elevadas. A disseminação dessa técnica e a introdução dos serviços de mina transformam a Serra de Ouro Preto, na qual encontramos o Morro da Queimada, na principal zona de mineração da sede de Vila Rica. Nessa serra instalou-se uma vida urbana marcada por terrenos minerais, becos, ruas, estradas, comércios e templos religiosos, como atestam as capelas de São João, Santana, Piedade e São Sebastião.

Denominado inicialmente como Morro do Ouro Podre ou Morro do Pascoal Silva, o Morro da Queimada passou a ser assim conhecido após a execução da demolição e incêndio das casas de Pascoal da Silva Guimarães e dos participantes da Sedição de 1720, decretada pelo Conde de Assumar. O motim de 1720 visava a deposição do conde e a formação de um novo governo nas Minas Gerais. As demolições e o incêndio, no entanto, não ceifaram a vida no Morro da Queimada, ele permaneceu ocupado durante os séculos 18 e 19, longa duração testemunhada entre outras evidências pela tipologia de suas ruínas.

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